Mais... Mais... Mais!!!

Era preciso mais!
Era preciso mais carinho, mais atenção, mais cumplicidade.
Ela já não queria mais aquele agarra-agarra, esfrega-esfrega!
CHEGA! [ela havia declarado]
Não. Ela não queria continuar ali à disposição de qualquer rostinho bonitinho, carinho simulado e sorriso encantador. Já não bastava mais. Então...
Trocou de roupa, calçou aquele tênis que tanto gostava e partiu para um caminho que já conhecia [ou pensava assim] propondo-se a tropeçar novamente.
Os rostos se olharam, se completaram, os sorrisos abertos - ainda que tímidos - e a lua que observava atentamente, fez com que tudo parecesse romântico demais.
Não! Não era aquilo que ela queria também. Ela queria um sorriso no rosto e mãos fortes nos braços. Queria um pouco de carinho na nuca e uma mordida nos lábios. Ela queria um momento completo. Queria amor, paixão e - por que não? - um sexo selvagem e sem tempo pra acabar. Queria mergulhar nos olhos e num paraíso jamais esquecido. Queria bocas se tocando, se mordendo, se chupando. Queria mãos que acariciavam, mas, também adentravam em seus cabelos emaranhados, em seu sexo explicitamente encharcado de líbido e solícito de um prazer há muito guardado.
Talvez, ela quisesse demais. Talvez, ela quisesse apenas o perfeito.
Ela teve.
Ela viveu.
Ela morreu depois.
Mas, o depois já não lhe parecia interessante naquele instante. Bastava-lhe o agora. E o agora, ainda continua abastecendo a vida que espera ansiosamente pela sua hora de morrer. Por quê?
Porque qualquer mortal espera morrer infartando de tanto prazer.
by Dan Barros

1 Comentário:

Anônimo disse...

Foto pão-com-ovo.

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