Dispa-se, Medo TEU!



Dispa-se.
Deixa-me revestir a tua alma
Deixa-me deitar sobre o teu peito
E sentir o sangue lavando a minha face
Enquanto o teu coração bate por mim.

Dispa-me.
Aprofunda-se em mim
No meu corpo, meu cérebro, meu coração.

Não.
Não pense que o meu coração é parte desse pequeno corpo
Ele é a ponte que une-me a grande alma vagante - ou vagabunda -
Que por horas reveste o meu vazio.

Dispamos a vergonha
Joguemos os nossos princípios nos finais
E justifiquemos pelos meios ilegais
De usarmos a pouca-vergonha para sermos imensos.

Agrega o teu corpo ao meu
Deixa que os meus dedos viajem em tuas digitais internas
Permita que eu antecipe os teus gestos
Na intenção de você saber o quanto somos um só corpo.

Não vá ainda.
Não com as roupas penduradas debaixo do braço.
Não enrolada nesse lençol rasgado.

Despe o teu pudor
Teus medos
Teus sorrisos.

Veste o meu amor.
Bebe o meu sexo.
Contempla o meu existir.

Faz-me ser
Sentir
Viver.

Trago então os melhores sorrisos
Os esplendorosos gritos de prazer
E os deliciosos sussurros de amor
Que despertam o sol
Que ninam a lua
Que nos embebeda
Transcede
Completa
Finda
.

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