Foto por Deinha
Muitos acham que merecem o céu e o buscam em alguém. Algumas pessoas encontram uma nuvem e se jogam nela como se atirassem num mar sem perceber a longiquidade entre o céu e o outro firmamento.
Quando se mergulha, é necessário estar pronto para nadar. Não adianta esconder o rosto ou tapar o nariz, a correnteza arrasta. ~Eu não sei o que me domina e mesmo assim não penso em me vingar, num fascínio de alma gemea o amor se fez me levando além de onde ninguém mais criou raiz, ancorou de vez, fez de mim o seu cais lendo a rota das estrelas ~
A canção nos leva ao mais distante de nossos corpos limitados. A música nos arrasta para dentro daquele quarto onde ninguém quer entrar sem estar acompanhado. Não sei definir até que horas posso ficar aqui sem respirar, sem perceber a vida que existe lá fora e grita por mim.
~Esse abraço se fez um ciclo que não tem fim e é todo o meu viver. É como alcançar o infinito, reflete em mim e volta pra vc. O amor surgiu como um em mil, POR VC EU VIM. E assim será a me conduzir, sem mandar em mim - como o vento e o barco a vela que nos leva sem fim~
Como sei que tenho pouco tempo comigo, priorizo me perceber e vejo que não há melhor motivo para sorrir do que ver ou ouvir o seu sorriso. Não, eu não sei se deveria ir embora ou ficar sentada olhando pro nada - que me há hoje. Não sei se deveria calar ou gritar tudo aquilo que me faz permanecer no vazio. Não sei de coisa alguma. Também não estou querendo saber. Contenho-me em apenas ser algo - que não sei o que é ou quanto vale - e seguir parecendo alguém em algum lugar do pensamento de um outro alguém.
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