Um verso e uma canção

Foto: Dan Barros
Abraça-me
Sente-me
Ritma comigo
A batida que não cala.

Já não há tempo.

Olha-me
Dispa-me
Adormece esse sonho comigo
Realiza.

Já não há fantasia.

Sorri.
Já não há lágrimas pro choro.
Concretiza.
Já não há lápis para os projetos.

Recebe.
Não sei mais o que tenho pra dar
Que ainda não tenha oferecido
Em meu amor demasiado.

Acolhe-me.
O medo é insuportável na sua ausência.
Chega.
E me mostra que todos os nossos sonhos
Que todos os planos risonhos
Já não são piadas ou fracassos.

Enquanto a tarde cai
Espio o seu sorriso bobo
Envolto em algumas pétalas vermelhas

Enquanto te bebo no meu copo de pinga
Como água pura
E me embebedo em teus caprichos
Sigo a mesma atitude de nunca desistir
De nunca abandonar uma convicção.

Sim...
É insuportável!
Mas, o que fazer se te amo?

Pedir desculpa como loucos condenados?
Chorar por não te ter ao meu lado como cães mendigos?
Ou gritar de um modo camuflado e louco
O mendigar de um cão carente e condenado
Ao que por falta de nome chamam de amor.

Hoje te entendo, Romeu.
Como sempre, te desejo Juliet!

E viva o Hamlet!

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