O Anjo e A Flor



Certa vez, ouvi uma música despretenciosa... Ela tinha como título o mesmo o desse post. Achei interessante pelo meu apelido e o da mulher que amo. Engraçado, passei um tempão pra assumir que o amor que sentia era amor, preferia dizer que era um início de amor sempre. Mas, não era amor.
Ironicamente, hoje vi um filme que - a redundância é provocativa - se chama Ironias no Amor ele me tirou da tal "zona de conforto" que ela sempre mencionava que eu conseguia fazer de forma impressionante com ela. Dessa vez, fui eu quem me desloquei do meu divã vermelho e cheirando a Cigar na cabeceira e a CK Man no restante - principalmente nos braços para quando adormecer não perder a ligação comigo - e fui para um universo bem próximo. Voltei exatos 75 dias e lembrei que me disseram que eu era a pessoa certa na hora errada. Mas, lembrei que no dia 7 de janeiro me chamaram pra sair e eu neguei. Que no dia 8 de janeiro havia um jantar me esperando com uma mulher inteligente e que me interessava bastante, neguei. Na noite de 9 de janeiro, insistiram bastante para que eu fosse a uma boate com algumas pessoas bacanas. As noites daqui sempre prometem muita azaração. Porém, a chuva e o cineminha durante a tarde já haviam me preenchido. Foi isso que estava pensando até as 21h18 quando uma amiga de longa data me ligou e persistiu que eu fosse. Sempre achei que ela tem meio jeito de anjo meio de bruxinha, o importante é que ela acerta sempre. Conheci uma MULHER que mudaria a minha vida. Não, eu não sabia que naquela boate - no território que eu havia determinado que nunca pisaria - estaria a pessoa com a personalidade forte, embora volúvel - acredite é possível ser uma pessoa de atitude na bipolaridade e não sei se seria melhor que ela fosse mais maleável em alguma das polaridades -, rosto de quem tem muitas batalhas - com vitórias, derrotas, suor, lágrimas, sorrisos e tapas, mas, com um olhar arrematador - e um sorriso de quem escolheu você pra conquistar. Ela havia me escolhido e eu estava ali para isto.
No filme, um casal que se encontram com ela embebida em algumas tequilas e sofrendo os reflexos de um amor que havia acabado - embora ela tentasse disfarçar que não pensava mais no antigo. Não importa, não sei porque me obstinei a fazê-la feliz, tirá-la da zona de conforto e deixar que ela sentisse o sopro de um ar mais puro ao seu redor, sem traições, dores, arrogâncias.
Tudo bem que não sou o exemplo de perfeição. Caí muitas vezes no erro de não flexionar quando a vara estava pra quebrar, ela não entendeu que era só pra sair do comodismo de sempre estar em silêncio enquanto ela falava, berrava, gritava e eu apenas sussurrava algumas meias-palavras.
No dia que lemos o TEXTO DO ÁRABEfalei que havia total sentido naquelas palavras e me emocionava quando ela falava baixo comigo e eu podia sentir o coração dela pulsando mais alto que as suas pregas vocais.
Naquele dia de 1º de abril, não quis acreditar que era o fim. Não acredito. Não vou acreditar.
Foi mais um dia da mentira. Porque ao sair por aquela porta e olhar as paredes laranjas - que me fizeram ficar muito mais - não vi o olhar de quem me queria fora dali pra sempre. O coração pulsava muito forte - e não era medo pq não conseguiria impor isto - e os olhos brilhavam.
Mas, continuo ouvindo Simplesmente uma lista de músicas que me fazem sorrir e chorar ao mesmo tempo. Sigo amando como o mais bobo autor Classicista - e escondendo também - e sabendo que aquilo que o destino determina quando é pra ser vigora.

Então, aqui se despede o Anjo Azul da Bela Flor.

Até breve.

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