Borborleta Azul

Foto por Dan Barros
Legenda: Prefiro a ruiva! É mais encorpada. Embora, não tenha preconceito algum com cor.

Avistei no bar. Mirei. Despistei. Voltei. Amarrei.
Conheci. Conversei. Dancei. Beijei. Agarrei.
Fixei. Me envolvi. Seduzi. Apaixonei.
Vi aquelas marcas no corpo - umas tatuagens e umas cicatrizes. Fingi que só vi as tatuagens, não queria demonstrar que aquele momento me parecia - estranhamente - especial.
De um certo sorriso me surgiu um desafio: "Quer conhecer uma tatoo que ainda não viu?"
Pensei: "Uaaaau! Tô beeemmm!!!".
Respondi sem pensar muito, mas, fazendo charme: "É muito escondida essa tatoo ou é alguma coisa nas costas, tal...?"
A resposta veio no ato de descobrir. Hmmm... Que maravilha.
Tocava "Bem Que Se Quis" no rádio. O espelho no quarto poderia intimidar, mas, não parecia importante. Sentia como se fosse o meu quarto e a minha mulher.
Não. Ela não era minha mulher ainda. Não tinha sido de fato.
Bom... Era importante aproveitar o tempo, afinal, ele voa rápido demais quando se trata de coisas ÚNICAS.
Não queria imprimir um ritmo muito acelerado porque queria que ela estivesse à vontade. Deixei o clima acalmar até um ponto antes do morno e aqueci pra que ele esquentasse até uma explosão cabalística.
Senti que a borboleta era um atrativo que tinha prendido a minha atenção, porém, não se mantivera no foco. Esqueci das maravilhas escondidas e adentrei naquele corpo que as minhas mãos já havia decorado.
Diminui o ritmo.
Priorizei SENTIR cada minúscula parte. Tocar aquelas marcas de uma outra noite. Provocar sensações inesquecíveis.
Hmmm... Aquele cheiro ficou guardado na minha pele.
"Agora, vem pra perto vem. Vem depressa. Vem sem fim que eu quero sentir o teu corpo pensado sobre o meu...". Ouvi! Obedeci.
Senti o suor escorrendo na nuca, nas costas, senti as suas unhas pressionando as minhas costas. Toquei o seu corpo como se me fosse especialmente feito para mim.
Ela sentiu. Gostou. Apertou. Marcou-me as costas, os braços, a alma.
Aquele abraço de quem estava quase lá, não era um abraço de simples desejo... Ele me tirava o fôlego e pressionava os meus hormônios a explodirem junto. O ritmo já não era mais "Bem que se quis"... Estávamos rumando ao "Não quero luxo nem lixo, quero saúde pra gozar no final" com a Marina Lima. Embora, não tenha enxergado o final antes de o telefone tocar e lembrar-nos que já era manhã de uma quarta-feira - que não era de cinzas, mas, tava sendo ingrata! - e tínhamos tarefas a cumprir.
A nossa reação?
Que se dane a hora! "Eu quero seeeempre maiiiiis..." como canta o Ira. 
Dessa vez, elaborei uma maneira mais intensa de fazer com que aquela borboleta voasse muuuuuito alto. Depois de tantas explosões, eu havia percebido que não bastava o "entra e sai". Como isto terminou?! Fica pra uma próxima... Assim, a vontade aumenta e o X-tazzz  flui mais livre e intenso.

Então, fica pra uma próxima postagem como tudo isto terminou. Ou melhor: quem sabe não vai ser como tudo começou...

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