No NADA



Você deitada em meus braços
como se a eternidade se rendesse a nós
e o teu corpo relaxado sobre o meu peito
enquanto sinto a tua respiração suave
e assisto os esboços dos teus sorrisos infantis


Juntos os corpos e sentidos
os sentimentos, sonhos e delírios
mas, acaba o sono, o calor e o amor
você vai embora e rompe o sol em minha cara abatida
ferida por mais um falso amor

e quando a noite cai e você não chega
quando sei que o teu cheiro embriaga outro
que a minha cama fica vazia
enquanto você sorri em mais noite de tórrida paixão,
as interrogações ocupam o teu espaço
e as lágrimas surgem cmo o suor do prazer em meu rosto

Quanto tempo será que fingiu?
Quantos sonhos criados e nunca imaginados?
Quantos sorrisos a mim pensando nele?
Quantos prazeres com ele querendo a mim?

Será que realmente me quis ou era só curtição?
O que será que sente?
Será que sente?

O vazio abrange o tudo que me aflige
E tudo que me cerca, me reduz ao nada
Me reduz a um pós jogado num canto de sala
A disposição de qualquer vento leve, volátil, volúvel

É então que amanheço querendo ainda dormir
Nos sonhos você me parece mais real
E aqui o que posso fazer é tentar esquecer

(...)

Esquecer que pra você não tenho direito de te amar
Que pra você acabou o "vale diversão"
E não é pra mim que você guardou sentimentos
Planejou viagens, áisagens, miragens...

Talvez, tudo tenha sido apenas um acúmulo de miragens...

É aí que você surge de novo e
Com a sua frieza estúpida consagra com aquela ação que traduz

"Não quero perder tempo
Tenho um jantar com quem amo
Você já não é nada"

E é assim que me sinto: um NADA.

1 Comentário:

Anônimo disse...

Você sabe muito bem que NÃO é um nada! =(

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