O último grão a cair

 Ela me ligou já eram tantas e perdidas horas da manhã, me sorriu o gesto exato e me falou o que eu precisava degustar até soletrar aquele nome que me afligia.
Não, não se tratou de algum ciúme corriqueiro ou uma implicância contínua, era uma vontade de vê-la bem e saber que mais uma vez a jogaria a cordinha quase quebrada para retirá-la da areia movediça.
Verdade é que a minha cabeça ainda dói e que os olhos estão fechados porque qualquer luz me dá a nítida sensação de que o pouco juízo irá saltar pelos ouvidos ocos.
Não entendo como uma pessoa pode ter medo de ser feliz. Por que ter tanto medo do simples? Por que complicar o que já tem endereço?
Não consegui respostas. FATO. Mas, ainda raciocino como posso me esforçar tanto pelo bem de quem só quer a dor. Como posso querer alimentar o ego de uma pessoa com a auto estima afundada em martírio, negativismo, medo, birra e auto sacrifício para o bem de alguém que só alimenta aquilo que a destrói? Sei que não deveria tentar. Sei que uma hora vou reparar que perdi. Porém, sei que não posso desistir. Embora, deva e saiba disto - lá no fundinho.
Este post vai incompleto porque é assim que me sinto no momento. Não tenho chão para sonhar nem um céu para pisar. Não tenho sentimentos e os pensamentos me causam uma puta cefaléia, logo... Melhor não terminar "antes do último grão cair".